Bloqueio de Ramo Cervical Medial e Ablação por Radiofrequência – Abordagem Oblíqua - NYSORA

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Bloqueio do Ramo Medial Cervical e Ablação por Radiofrequência – Abordagem Oblíqua

Dor intervencionista: um guia passo a passo para o exame FIPP
Editores: Stogicza, AR, mansano, UMA., Trescot, SOU, Estado, PS 
Editora: Springer

Bloqueio do Ramo Medial Cervical e Ablação por Radiofrequência - Abordagem Oblíqua

Harold J. Cordner e André M. Mansano

1. PRÓS DA ABORDAGEM OBLIQUE
  • Trajeto de agulha mais curto e menos desconforto do paciente do que a abordagem posterior
  • Paciente em decúbito dorsal, proporciona melhor conforto, comunicação e acesso às vias aéreas
  • Fácil visualização de níveis mais baixos
2. CONTRAS DA ABORDAGEM OBLIQUE
  • Estruturas vitais (medula espinhal e artéria vertebral) no trajeto da agulha
  • A colocação paralela de uma cânula de RF ao nervo do ramo medial não é possível, a técnica é menos adequada para ablação por RF (a menos que agulhas especiais sejam usadas)
3. EQUIPAMENTO E MONITORAMENTO
  • Monitoramento ASA padrão
  • Fluoroscopia
  • Preparação estéril e drapeado
  • Anestesia local da pele antes de qualquer agulha maior que 25G (a menos que seja usada sedação)
  • O procedimento não é realizado com uma visão coaxial
  • Equipamentos de RCP e medicamentos disponíveis 
  • Para bloco de diagnóstico
    • 22–25G, agulha de 2 polegadas (50 mm) – 3.5 polegadas (90 mm), ponta curvada para facilitar a direção. 0.3- 0.5 ml de anestésico local/nível
    • Contraste não iônico (opcional)
  • Para RFA
    • 18–22G, 2 polegadas (50 mm)
    • Cânula de radiofrequência de 3.5 polegadas (90 mm): ponta ativa de 5–10 mm
    • Placa de aterramento – gerador de RF com capacidade para lesões unipolares e bipolares
    • Anestesia local
4. ANATOMIA
  • Estudos de prevalência, exame físico e mapas de referência de dor podem ser utilizados para escolher os níveis
  • Os níveis C2–3 e C5–6 são as causas mais comuns de cefaleia cervicogênica e cervicalgia, respectivamente
  • No nível C3, há um ramo medial superficial (terceiro nervo occipital) que está localizado próximo à articulação facetária C2/3 e serve para inervar essa articulação, bem como a área suboccipital.
  • O ramo medial profundo de C3 (que é análogo aos ramos mediais de C4, C5 e C6) corre ao longo da cintura dos pilares articulares correspondentes e supre os segmentos vertebrais adjacentes (por exemplo, os ramos mediais de C4 e C5 suprem o zigapofisário). junta de C4/5)
  • O ramo medial de C5 está localizado na cintura do pilar articular de C5. Os ramos mediais C3, C4 e C6 estão localizados um pouco acima da cintura dos pilares articulares correspondentes, e existem variações
  • A vértebra C7 tem um processo transverso (TP) proeminente e a localização do ramo medial nesse nível é variável. Pode ser encontrado tão caudal quanto a junção TP/processo articular superior (SAP) e tão rostral quanto o ápice do C7 SA 
5. ESTRUTURAS A TER EM MENTE E POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES
  • Artéria vertebral (se a agulha estiver mais anterior que o alvo apropriado) → convulsão, dissecção, acidente vascular cerebral
  • Injeção de faceta intra-articular inadvertida
  • Passagem inadvertida de agulha através de uma articulação facetária → administração de medicação intratecal, epidural, raquianestesia alta, lesão medular, paralisia, morte
  • Injeção da raiz do nervo espinhal → lesão do nervo, injeção epidural, intratecal
  • Injeção de uma estrutura vascular que pode estar em contiguidade com uma artéria radicular → infarto da medula espinhal
  • Infecção
  • Hemorragia
  • Dor pós-procedimento
  • Reação vasovagal
  • Reação alérgica
6. TÉCNICA DE FLUOROSCOPIA, LOCALIZAÇÃO DO ALVO
  • Posição do paciente em decúbito dorsal
  • C-arm em vista lateral. Em uma lateral verdadeira, os pilares articulares se sobrepõem e são claros e nítidos. As juntas de facetas acima e abaixo do nível de interesse devem ser nítidas. Os espaços do disco devem estar livres. Os tubérculos anterior e posterior de cada lado devem formar uma linha curvilínea sobreposta localizada no quadrante superior posterior da sombra do corpo vertebral.Fig. 1a e b)
  • Um ajuste crânio-caudal ou dorsoventral pode ser necessário para obter uma visão ideal do pilar articular
  • Neste ponto, obliqua o C-arm até que os forames neurais sejam claramente visualizados (Fig. 1a-c)
  • O ponto-alvo é a base do processo articular superior (SAP) no ou logo abaixo do aspecto mais inferior do forame intervertebral 
  • O ponto de entrada da pele (Fig. 2a, b) é ligeiramente posterior e caudal ao alvo
FIG. 1 Vista foraminal da coluna cervical. Blue Asterisk marca a entrada ideal na pele. Verde escuro = processo articular superior. Imagem de anatomia completa (a), nativa (b) e imagens de fuoroscopia editadas (c)
FIG. 2 Imagens nativas e editadas de visão oblíqua da coluna cervical. Agulhas no lugar, tocando o pilar articular. Laranja = processo espinhoso e lâmina; verde escuro = processo articular superior; vermelho = forame intervertebral; azul escuro = pedículo ipsilateral; azul claro = pedículo contralateral. Imagens de fuoroscopia nativas (a) e editadas (b) 
7. ETAPAS DO PROCEDIMENTO
  • Insira a agulha logo posterior e caudal à base do SAP (Fig. 1b, c)
  • Avance a agulha até o contato ósseo na base do SAP (Fig. 2a, b). Tenha em mente que este procedimento não é feito em uma visão coaxial
  • Vista posteroanterior (PA) para verificar a posição ideal da agulha na cintura do pilar articular (Fig. 3a-c)
  • Uma vez que a posição da agulha é confirmada em duas vistas, o teste sensorial e motor é realizado para confirmar que a agulha está efetivamente próxima ao nervo do ramo medial e não próxima à raiz do nervo motor. Idealmente, o teste sensorial revelará parestesia <0.5 V e o teste motor a 1.5-2.0 V não deve produzir resposta motora na extremidade superior ou na face
  • Injete 0.3–0.5 cc de meio de contraste para detectar possível disseminação intravascular para procedimento diagnóstico
  • Injetar 0.3 cc de anestésico local para bloqueio
  • A lesão por radiofrequência pode então ser realizada a 75–80°C por 60–120 segundos
FIG. 3 Visão PA da coluna cervical, agulhas no local para C5, 6, 7 MBB. Laranja = processo espinhoso; verde escuro = linha do pilar articular. Imagem de anatomia completa (a), imagens nativas (b) e imagens de fuoroscopia editadas (c)
8. PÉROLAS CLÍNICAS
  • Uma visão ideal do forame cervical é fundamental na realização deste procedimento
  • Uma boa estimulação sensorial e motora é necessária para garantir um sucesso mais consistente
  • Devido ao baixo valor preditivo dos bloqueios diagnósticos únicos, os bloqueios duplos do ramo medial podem ser realizados para fazer o diagnóstico de dor na articulação facetária antes de prosseguir para o tratamento definitivo com radiofrequência
  • Pequena quantidade de corticosteróide pode ajudar a prevenir neurite ou dor pós-lesão
9. COLOCAÇÃO DE AGULHA INACEITÁVEL E POTENCIALMENTE PREJUDICIAL NO EXAME
  • Não verificando a visualização PA
  • Agulha através da articulação facetária ou espaço intraespinhal comprometido
  • Ponta da agulha muito anterior
  • Agulha no forame
  • Qualquer prova de falta de compreensão da anatomia da coluna cervical
10. COLOCAÇÃO INACEITÁVEL, MAS NÃO PREJUDICIAL DA AGULHA NO EXAME
  • Agulha de furo desnecessariamente grande
  • Não obter uma boa visão oblíqua
  • O procedimento foi abandonado após tentativas frustradas, mas ficou claro que o examinado estava ciente dos aspectos de segurança do procedimento, a agulha não comprometeu estruturas vitais, não atingiu o espaço peridural, medula espinhal ou artéria vertebral

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