De vez em quando aparece um artigo interessante ou uma conversa interessante que merece ser compartilhada entre colegas pesquisadores. Esta Estatística em Pequenas Doses descreve um importante acordo para os cientistas do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Genebra). O Centro havia descoberto o bóson de Higgs ou “partícula de Deus” em 2012, e as primeiras leituras não confirmadas do Grande Colisor de Hádrons do Centro sugeriram que um revolucionário novo partícula, que não era explicável pela física convencional, havia sido encontrada. Após 8 meses de trabalho de confirmação, suas esperanças, infelizmente, foram frustradas – a “nova partícula intrigante” tinha sido apenas um arroto estatístico! [“Os físicos se enganaram sobre a descoberta da partícula”, seção Honolulu Star Advertiser Science, 17 de agosto de 2016].
Apesar da retratação, o trabalho dos cientistas foi admirável. Eles podem estar “vendo o que esperavam ver” (talvez levando-os a cometer um erro do Tipo I), portanto, para seu crédito, eles realizaram vários testes confirmatórios. Mas eles também devem ser parabenizados por se recusarem a ser enganados pelo (in)famoso valor-p desde o início. Não confiar no valor-p, independentemente do tamanho da amostra, é algo que vale a pena repetir (e repetir e…)!
