Dicas para canulação da veia subclávia
A canulação da veia subclávia é um procedimento médico crucial usado para acessar veias centrais para administrar medicamentos, monitorar hemodinâmica e realizar intervenções terapêuticas avançadas. Ao integrar ultrassom de ponto de atendimento (POCUS) Nesse processo, os profissionais de saúde podem obter maior precisão, melhorar a segurança do paciente e reduzir significativamente as complicações do procedimento.
Este guia fornece dicas de especialistas, instruções passo a passo e considerações importantes para otimizar sua técnica de canulação da veia subclávia.
O que é canulação da veia subclávia?
A canulação da veia subclávia envolve a colocação de um cateter na veia subclávia, uma veia central perto da clavícula. Esta técnica é usada em vários cenários clínicos que exigem acesso vascular confiável.
indicações comuns
- Administração de medicamentos, incluindo terapia de longo prazo ou infusões.
- Ressuscitação com fluidos
- hemodiálise
- Monitoramento da pressão venosa central (PVC)
- Cateterismo da artéria pulmonar
Contra-indicações
- Coagulopatia ou distúrbios hemorrágicos.
- Infecção no local da inserção.
- Trombose na veia subclávia.
Preparação para canulação da veia subclávia
- Posicionamento do paciente
- Posicione o paciente em Trendelenburg (inclinação da cabeça para baixo) com o braço do lado da canulação abduzido a 90°.
- Vire a cabeça do paciente para o lado contralateral para expor o local da punção e melhorar o acesso à veia.
Dica clínica: Abduzir o braço cria espaço de trabalho extra ao levantar a clavícula, tornando as estruturas vasculares mais superficiais.
- Configuração do equipamento
Prepare um kit de inserção de linha central contendo:
- Bata, luvas e campos esterilizados.
- Solução antisséptica (por exemplo, clorexidina 2% em álcool isopropílico 70%).
- Máquina de ultrassom com manga transdutora estéril.
- Lidocaína 2% para anestesia local.
- Cateteres, fios-guia e dilatadores.
- Avaliação do paciente
- Revise o paciente resultados de exames para verificar distúrbios de coagulação.
- Examine radiografias de tórax para verificar cateteres preexistentes ou anomalias anatômicas.
- Avalie o local da punção em busca de sinais de infecção ou obstrução.
Técnica
Seguir uma abordagem sistemática é vital para o sucesso deste procedimento. Aqui está uma análise das principais etapas:
Preparação pré-processual
- Realize a higiene das mãos e vista máscara cirúrgica, gorro, avental esterilizado e luvas.
- Desinfete o local da punção usando um antisséptico apropriado.
- Cubra áreas não estéreis com campos esterilizados.
- Configure e lave os lúmens do cateter com solução salina.
Etapas de canulação
- Preparação para ultrassom
- Cubra o transdutor de ultrassom com uma capa esterilizada.
- Aplique gel estéril na pele do paciente.
- Posicione o transdutor longitudinalmente ao longo da clavícula.
- Anestesia local
- Use 5 mL de lidocaína a 2% para anestesiar o local da punção se o paciente estiver acordado.
- Punção e inserção de fio-guia
- Insira a agulha sob orientação de ultrassom usando um técnica de avião para visualizar o caminho completo da agulha.
- Confirme a colocação da agulha dentro da veia por aspiração de sangue.
- Passe o fio-guia pela agulha e retraia a agulha enquanto segura o fio-guia no lugar.
- Dilatação e colocação de cateter
- Faça uma pequena incisão no local da punção para facilitar a inserção do cateter.
- Use um dilatador para ampliar o local da punção e passe o cateter sobre o fio-guia.
- Avance o cateter para dentro da veia e remova o fio-guia.
- Verificação
- Confirme o posicionamento do cateter usando ultrassom para verificar a posição do fio-guia.
- Realizar uma ultrassonografia pulmonar para avaliar o deslizamento pulmonar e descartar pneumotórax.
- Verifique o sinal de redemoinho atrial rápido (RASS) por meio de ultrassom cardíaco para confirmar o posicionamento correto do cateter.
- Finalização
- Aspire sangue de todos os lúmens para confirmar a permeabilidade e lave com solução salina.
- Suture o cateter firmemente à pele.
- Aplique um curativo esterilizado no local.
Dicas de especialistas para canulação da veia subclávia
- Antes de começar, identifique os principais pontos anatômicos (veia, artéria, pleura, costelas).
- Use orientação por ultrassom para reduzir complicações em comparação com técnicas às cegas.
- Para veias pequenas ou achatadas em pacientes intubados, aplique o manobra de Valsalva ou aumentar pressão expiratória final positiva (PEEP) para distender a veia.
- Sempre combine a canulação da veia subclávia com ultrassom pulmonar e cardíaco para confirmar a colocação do cateter e descartar complicações.
Visão geral da anatomia
Estruturas relevantes
- Veia sub-clávica:Localizado abaixo da clavícula, paralelo à artéria subclávia.
- Pleura:A fina membrana que envolve os pulmões deve ser evitada durante a canulação.
- Clavícula: Atua como um marco externo para posicionamento do transdutor.
Orientação do ultrassom
- Coloque o transdutor de ultrassom longitudinalmente ao longo da clavícula, próximo ao sulco deltopeitoral.
- Gire o transdutor para alinhar a veia com o feixe de ultrassom.
Considerações de segurança
- Monitore a oxigenação, a pressão arterial e a frequência cardíaca do paciente durante todo o procedimento.
- Aplique monitoramento ASA completo para detectar complicações como dessaturação ou arritmias.
- Se a tentativa falhar, reavalie a anatomia usando ultrassom e considere locais alternativos (por exemplo, veia jugular interna).
Seguindo essas dicas e técnicas, você pode realizar a canulação da veia subclávia com confiança, precisão e segurança. Incorporar a orientação por ultrassom é essencial para reduzir complicações e atingir resultados ideais para o paciente.
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