Doação de órgãos

Objetivos de aprendizado

Especificar os efeitos adversos nos órgãos após o diagnóstico de morte
Descrever o manejo ativo da fisiologia do doador para otimizar a qualidade dos órgãos doados
Descrever as intervenções anestésicas associadas

A doação e transplante de órgãos é a remoção de um órgão de uma pessoa (o doador) e a colocação cirúrgica em outra (o receptor) cujo órgão falhou
A morte pode ser diagnosticada por critérios somáticos, circulatórios e neurológicos
DBD: Doação após Morte Encefálica
- Pelo menos 2 médicos devem declarar morte encefálica
DCD: Doação após Morte Cardíaca
- Um doador DCD sofreu um grave dano cerebral não recuperável
- Morte de doador DCD é declarada com base em critérios cardiopulmonares após retirada do suporte de vida
- A captação de órgãos só pode começar 5 minutos após a morte ser declarada

Parâmetro	Alvo
Frequência cardíaca	60-120 batidas / min
Pressão arterial	Pressão sistólica > 100 mmHg Pressão média ≥ 70 mmHg
Pressão venosa central	6-10 mmHg
Saída de urina	0.5-3 ml/kg/h
Eletrólitos	Sódio sérico 130-150 mmol/L Potássio normal, cálcio, magnésio, fosfato Glicose 4-8 mmol/L
Gases sanguíneos	pH 7.35-7.45 PaCO2 4.7-6 kPa PaO2 ≥ 10.7 kPa Saturação SPO2 > 95%
Pressão capilar pulmonar	6-10 mmHg
Índice cardíaco	2.4 L/min/m
Resistência vascular sistêmica	800-1200 dina/s/cm

Balogh J. Srikar J, Diaz G, Williams GW, Moguilevitch M. O papel dos anestesiologistas na doação de órgãos. Relatórios de transplante. 2022;7(4).
Corbett S, Trainor D, Gaffney A. Manejo perioperatório do doador de órgãos após o diagnóstico de óbito usando critérios neurológicos. BJA Educ. 2021;21(5):194-200.
McKeown DW, Bonser RS, Kellum JA. Manejo do doador de órgãos em morte encefálica em batimento cardíaco. Br J Anaesth. 2012 Jan;108 Supl 1:i96-107.

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