Objetivos de aprendizado
- Descrever displasia broncopulmonar
- Compreender a fisiopatologia da displasia broncopulmonar
- Reconhecer os fatores de risco para o desenvolvimento de displasia broncopulmonar
- Manejo anestésico de um paciente pediátrico com displasia broncopulmonar
Definição e mecanismos
- A displasia broncopulmonar (DBP) é uma doença pulmonar crônica na qual Bebês prematuros requerem oxigênio a longo prazo porque os alvéolos presentes não estão maduros o suficiente para funcionar adequadamente
- Os bebês não nascem com DBP, a condição resulta de danos aos pulmões, geralmente causados por ventilação mecânica e uso prolongado de oxigênio
- A DBP é mais comum em bebês com baixo peso ao nascer e naqueles que recebem ventilação mecânica prolongada para tratar a síndrome do desconforto respiratório
- A DBP se desenvolve mais comumente nas primeiras 4 semanas após o nascimento
Critérios para diagnóstico de DBP | |
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Bebês que necessitam de oxigênio suplementar aos 28 dias são diagnosticados, por meio de uma avaliação às 36 semanas de idade pós-menstrual, como tendo: | |
DBP leve | Bebê respirando ar ambiente |
DBP moderado | Bebê que requer <30% de FiO2 |
DBP grave | Bebê que requer >30% de FiO2 ou ventilação com pressão positiva |
sinais e sintomas
- Hipoxemia
- Hipercapnia
- Crepitações, sibilos e diminuição dos sons respiratórios
- Aumento das secreções brônquicas
- hiperinflação
- Problemas de alimentação devido à intubação prolongada (hipersensibilidade oral-tátil/aversão oral)
- Necessidade de oxigenoterapia continuada após a idade gestacional de 36 semanas
- Infecções respiratórias inferiores repetidas que podem requerer hospitalização
- Crescimento e desenvolvimento atrasados
destaque
Os fatores de risco
- Fatores pré-natais
- Prematuridade
- Fatores pós-natais
- Ventilação mecânica
- Sepsia
- Toxicidade por oxigênio
- Persistência do canal arterial
Complicações
- Doença das vias aéreas e morbidade respiratória devido à intubação traqueal prolongada e ventilação mecânica
- Desenvolvimento de traqueomalácia e broncomalácia
- Crises de DBP: eventos cianóticos agudos causados por aumentos na complacência das vias aéreas centrais
- estenose subglótica
- granulomas das vias aéreas
- Pseudopólipos
- Obstrução persistente das vias aéreas e hiper-reatividade
- Hipertensão pulmonar
- cor pulmonale
Fisiopatologia
Tratamentos Ayurvédicos
- Não há cura para a DBP, o tratamento se concentra em minimizar mais danos aos pulmões e fornecer suporte para os pulmões do bebê
- Terapia com oxigênio
- Pressão Positiva Contínua Nasal nas Vias Aéreas (NCPAP)
- Pressão positiva nas vias aéreas em dois níveis (BiPAP)
- Medicamentos
- Diuréticos: Diminuir o fluido dentro e ao redor dos alvéolos
- Broncodilatadores: Relaxe os músculos ao redor das passagens aéreas, alargando as aberturas das vias aéreas e facilitando a respiração
- Corticosteróides: Reduzir e/ou prevenir a inflamação dentro dos pulmões, reduzir o inchaço na traquéia e diminuir a produção de muco
- Imunização viral: Prevenir a infecção (ou seja, vírus sincicial respiratório)
Gestão de Sistemas
Prevenção
- Administração pré-natal de esteroides
- Terapia com surfactante
- Melhores estratégias de ventilação para minimizar a lesão pulmonar
Tenha em mente
- A DBP é uma das doenças pulmonares mais comuns encontradas pelos anestesiologistas pediátricos
- BPD, uma sequela comum de nascimento prematuro, está associada a doença persistente das vias aéreas e Hipertensão pulmonar
- Os efeitos anestésicos podem ter consequências fatais em pacientes com DBP (reserva respiratória limitada)
- Intraoperatório broncoespasmos ou colapso das vias aéreas → hipoxemia, hipertensão pulmonar aguda, insuficiência cardíaca direita, arritmias, e morte
- Efeitos na contratilidade miocárdica podem prejudicar a função ventricular direita → redução do débito cardíaco e comprometimento cardiovascular → cor pulmonale
- Infecções respiratórias (ou seja, pneumonia) pode complicar ainda mais o curso perioperatório
Leitura sugerida
- Lauer R, Vadi M, Mason L. Manejo anestésico da criança com doença pulmonar coexistente. BJA. 2012;109(1):i47-i59.
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